Olá vocês, tudo bem? Sou a Gelca, irmã do Marco e parceira aqui do Magel.
Estive por aqui no post da Cadeira Candy. Agora voltei para apresentar uma… Poltrona!
Depois de muito tempo sem postar, voltei com um projeto que fiz ano passado, mas que só consegui postar agora! Essa não podia deixar passar, ficou incrível!
A história dessa encomenda que recebi, começou quando nosso amigo Marcos – que aproveitando uma mudança de casa – pediu uma pintura para sua poltrona krat.
A peça foi feita por ele em um dos cursos de marcenaria da OficinaLab. Lá foi possível fabricar esse mobiliário clássico e entender o conceito por trás de sua construção, projeto do arquiteto holandês Gerrit T. Rietveld. A oficina da poltrona krat é inclusive parte da programação de cursos dessa escola de fazedores. Pra saber mais, dá uma olhada aqui.
Pois bem… iniciei os trabalhos tendo em mente que eu gostaria de fazer uma mancha gráfica, e que dentro dela eu trabalharia com texturas e cores. Ao mesmo tempo, queria que a madeira continuasse aparente! Isso preservaria as suas características naturais e se tornariam parte da composição. Pessoalmente, acho muito interessante essa abordagem e procuro colocar isso nos meus projetos.
Fizemos alguns layouts para o que seriam essas manchas e texturas.
Depois fiz uma máscara pra demarcar a área de pintura. Nesse caso, queria criar um encaixe visual em um determinado angulo, mas que de outros pontos de vista, parecesse dinâmica e desconstruída. Pra fazer essa máscara, usei papel e pedaços de barbante, demarcando as áreas com dobras e linhas guia. Com a ajuda da câmera e do tripé, visualizava a melhor posição pra traçar o recorte.
Feita a marcação, parti para a textura de Chevron, escolhida pra preencher esse espaço. Depois de riscar seus limites e aplicar as tintas de fundo, chegou a hora mais esperada: a escolha das cores e seu preparo! Como fazer a escolha certa e não botar tudo a perder nesse momento?! Tenso!!
Da escolha cromática e suas graduações, foram produzidas 18 cores, sendo 6 principais e 2 subtons pra cada uma delas. Dá bastante trabalho pra preparar essas tonalidades, mas sempre acho que vale a pena!
Daqui em diante, o fazer é puramente insano! Com alguns dias seguidos de preenchimento com tinta e muita paciência, aquele projeto foi tomando vida. A medida que as cores foram sendo adicionadas, aquela mancha gráfica foi se formando em efeito degradê, coisa muito agradável para meus olhos
Quando trabalho em uma peça, a coisa geralmente começa assim: Executo a ideia de pintura na sua área principal e só depois resolvo o que fazer em relação aos detalhes em outras partes. Aqui não foi diferente. Assim que terminei o assento e encosto, fui para as laterais da poltrona e então dei continuidade as mesmas linhas e cores com uma outra proposta gráfica.
Pra finalizar, um verniz e pronto! Partiu ensaio fotográfico!!
É claro que nada disso seria possível, não fosse a confiança de quem encomendou. Foi um projeto que há tempos eu tinha vontade de fazer e que finalmente apareceu nesta feliz oportunidade! Valeu Marcão!!
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